Em 1977 trabalha no setor de artes plásticas da Fundação Clóvis Salgado em Belo Horizonte. Participa de sua primeira exposição coletiva, A Paisagem Mineira, em 1977. Dois anos depois, realiza sua primeira exposição individual na Fundação de Arte de Ouro Preto. Em 1983, integra a Escola de Artes e Ofícios de Contagem, Minas Gerais, idealizada por Amilcar de Castro (1920 - 2002), onde ministra aulas de desenho, pintura e objetos para crianças carentes da cidade.
Em 1989, muda-se para Ouro Preto, onde no ano seguinte, durante a Semana Santa, realiza uma exposição a céu aberto, cobrindo com banners as fachadas das casas. Volta a residir em Belo Horizonte em 1995, e passa a realizar pinturas constituídas, sobretudo, por pequenos toques circulares do pincel. Muda-se novamente para Ouro Preto em 1997 e monta seu ateliê. Fixa residência em Nova Lima, na região de Belo Horizonte em 1999.
Principais exposições individuais:
1981/88 – Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes), Belo Horizonte, MG
1986 – Galeria do Centro Cultural Cândido Mendes (Pequena Galeria), Rio de Janeiro, RJ
1991/93 – Anexo do Museu da Inconfidência, Ouro Preto, MG
1993 – Museu Casa Guignard, Ouro Preto, MG
1994 – Galerie Debret, Paris, França
1998/2004 – Quadrum Galeria de Arte, Belo Horizonte, MG
2000 – Marília Razuk Galeria de Arte, São Paulo, SP
2004 – Galeria Horizonte, São Paulo, SP.
Principais exposições coletivas:
1979 – Artistas Mineiros, Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes), Belo Horizonte, MG / Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade (Funarte), Rio de Janeiro, RJ
1983 – 15º Salão Nacional de Arte, Belo Horizonte, MG
1984 – Dez Artistas Mineiros, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), São Paulo, SP
1987 – Modernidade: Art Brésilien du XXème Siècle, Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, França
1988 – Escultura e Objeto em Minas Gerais, no Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG
1997-98 – Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, Itaú Cultural, São Paulo / Belo Horizonte, Brasília / Penápolis, SP
1997 – 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, RS
2005 – Minas das Artes, Gabinete de Arte da Câmara dos Deputados, Brasília, DF.
lores para Guignard – 105,5 x 205 cm – Acrílica Sobre Tela – Ass. Verso e Dat. 2006
“Se há um artista em Minas – ou no Brasil – que mantém acesa a chama do barroco da primeira metade do século XVIII em nosso país, embora esteja além da racionalidade barroca lusitana e muito mais próximo do delírio do barroco mexicano de Puebla, por exemplo, este é, por certo, Fernando Lucchesi. Não é apenas no horror ao vazio com que preenche suas telas, não é apenas na grafia arrebatada ou alucinada em sua obsessão compulsiva, em composições das quais quase desaparece o “desenho” subjacente à pintura.”
“Os mesmos elementos são compulsivamente repetidos – o triângulo, a garatuja, a meia-lua, o arbusto etc. – em cromatismo vibrante, justapostos, sobrepostos, em composições dominadas pela ortogonal. Pinturas nas quais parece difícil ao artista suspender o gesto, não terminar a obra numa sessão de trabalho, ou definir sua finitude. Além do automatismo inegável, percebido em Lucchesi, pintura de obsessão, catarse vital, imperativa, a nos comunicar a intensidade desse envolvimento total do artista em sua árdua projeção imagética.”
Aracy Amaral
Extraído do texto “Lucchesi: a vertigem do barroco” publicado no livro “Fernando Lucchesi”, editora C/Arte, 2000
“Não hesito em proclamar que Lucchesi constitui um dos mais verdadeiros e melhores artistas de sua geração em todo o país. Se em termos de grande público talvez seja nacional e internacionalmente menos badalado que outros, isso se deve à sua opção de permanecer em Minas, cuja caixa de ressonância é menor. Nos círculos especializados, seu prestígio tem-se provado imbatível.”
Olívio Tavares de Araújo
Extraído do texto de apresentação do catálogo de sua exposição individual em 2015, em BH, na Errol Flynn Galeria de Arte
Fernando Lucchesi - Árvore da Vida – 80 x 190 cm – Acrílica Sobre Tela – Ass. Verso e Dat. 2015
Fernando Lucchesi - Flores para Guignard – 50 x 50 cm – Acrílica Sobre Tela – Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 2023
Fernando Lucchesi - Africanas – 136 x 150 cm – Vinil Sobre Tela – Ass. Verso e Dat. 1993
Fernando Lucchesi - Flores para Guignard – 50 x 50 cm – Acrílica Sobre Tela – Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 2023
Fernando Lucchesi - Africanas – 60 x 120 cm – Acrílica Sobre Tela – Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2021
Fernando Lucchesi - Flores para Guignard – 50 x 70 cm – Acrílica Sobre Tela – Ass. Canto Inferior Esquerdo e Dat. 2023
Fernando Lucchesi - Flores para Guignard – 50 x 50 cm – Acrílica Sobre Tela – Ass. Canto Inferior Direito e Dat. 2023
Fernando lucchesi - Neste livro, Aracy Amaral investiga a personalidade e a poética de Fernando lucchesi ao longo de sua trajetória artística a partir da matriz pictórica, revelando as pinturas delirantes e os requintados objetos que resgatam a chama do barroco latino-americano. O livro possui textos críticos de Frederico Morais, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos e poema de Amilcar de Castro - Capa dura, formato: 27x22 cm, ricamente ilustrado, 127 páginas.